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Arquitetos: Cristian Berríos Arquitectos Asociados (CBA)
- Área: 582 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Víctor Cárcamo, Gustavo Burgos
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Fabricantes: Hunter Douglas, Budnik, Cintac, LG, Volcan
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este volume faz parte de um conjunto de edifícios que compõem o Polo de Saúde da recém-inaugurada faculdade de Medicina no Campus Fernando May Colvin da Universidade de Bío Bío em Chillán, Chile. O encargo inicial era projetar, em um prazo limitado, 4 edifícios que serão construídos à medida que os estudantes das novas áreas da saúde forem incorporados. Esses edifícios contam com diversos programas que apoiam cada uma das áreas de educação universitária.
Diante da oportunidade de projetar um conjunto de edifícios contíguos, nos propusemos a formar uma pequena cidadela, onde os volumes fazem parte da configuração de um espaço urbano compacto, uma soma de lugares de encontro que promovem a vida comunitária e suas relações sociais. Não nos interessa a arquitetura entendida como obra isolada. O edifício atinge seu auge na vontade de fazer parte de uma estrutura espacial maior, servindo para configurar o lugar do corpo social por meio de uma cuidadosa distribuição de todos os volumes.
Da mesma maneira que o arquiteto Emilio Duhart propõe uma modulação tridimensional para ordenar as decisões urbanas e arquitetônicas no campus da Universidad de Concepción (1957), propomos uma modulação que restringe e assegura as relações dos edifícios entre si, deles com o entorno imediato e distante (a Cordilheira dos Andes) e do "solo" como projeto, entendido como um plano horizontal limitado (artifício) que unifica as relações pedonais entre lugares de passagem e lugares de encontro.
O mesmo detalhe construtivo é a resposta para definir o limite formal dos edifícios: um sistema capaz de dar consistência visual às obras e de responder ao crescimento vertical ou horizontal conforme necessário. A especificidade de cada volume é herdada das ampliações tridimensionais derivadas dos diferentes requisitos do programa arquitetônico de cada edifício e como esses se sintetizam na elaboração precisa e sugestiva do projeto para o novo Polo de Saúde.
“Quando o artista utiliza um método modular múltiplo, costuma escolher uma forma simples e acessível. A forma em si tem uma importância muito limitada; torna-se a gramática de toda a obra. O uso de formas básicas apenas altera a unidade do todo. O uso repetido de uma forma simples estreita o campo da obra e concentra a intensidade na distribuição da forma. Essa distribuição torna-se o fim, enquanto a forma torna-se o meio”.